Afinal, por que meus dados importam?
Sob uma perspectiva individual, costumamos receber questionamentos acerca da real importância de se preservar os dados pessoais e qual seria a efetiva relevância da coleta e compartilhamento destas informações pelas empresas.
Vê-se aqui um primeiro aparte essencial para a compreensão da dinâmica da análise de dados. De pronto, alguns dados pessoais necessitam ser fornecidos ao mercado, para fins de atendimento de obrigações legais e fiscais, por exemplo. Nestes casos, para a compra de uma mercadoria, é imprescindível a coleta do CPF do consumidor e, em caso de entrega, seu correspondente endereço.
De outro ponto, há informações de caráter pessoal e íntimo que não possuem qualquer relação objetiva com o serviço que se está contratando. Por exemplo, uma compra online não necessita – a priori – da coleta da data de nascimento ou do sexo do consumidor. Tais informações são, portanto, alheias ao ato direto e objetivo do serviço a ser prestado pelo fornecedor ao consumidor, mas possuem interesse subjetivo ao mercado.
Ao se coletar dados pessoais, o fornecedor passa a conhecer as preferências, localização e interesses do seu público, de modo a direcionar análises de mercado, decisões de investimento, aprovação de beneficiários e carências, direcionar campanhas de marketing, dentre inúmeras outras possibilidades capazes de processar as informações para os mais diversos fins, inclusive os que vão em confronto com a legislação.
As informações coletadas dos consumidores são ferramentas para a análise de mercado e criação de estratégias inteligentes para as empresas. E em que pese tais processos sejam relevantes e necessários para a economia, precisam respeitar e garantir a preservação e proteção de direitos individuais, neste caso, de informações de caráter íntimo que, em sua maioria, sequer foram fornecidas com o claro consentimento de seu titular.
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